A empresa SMX Systems / Speedbird Aero está buscando autorizações e planeja implementar o novo modal a partir de setembro
Negociações entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a empresa SMX Systems / Speedbird Aero buscam colocar Campinas (SP) como a primeira cidade brasileira a ter entregas de alimentos por meio de drones.
A SMX Systems / Speedbird Aero é parceira do iFood, grupo que planeja usar o novo modal a partir de setembro. A empresa de entregas espera reduzir o tempo de serviço, geralmente realizado entre 15 e 20 minutos, para dois minutos e meio.
O grupo esta trabalhando para aprimorar os equipamentos, com objetivo de cumprir exigências dos órgãos reguladores, e fará pedidos formais de autorizações necessárias para Anac e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
O drone desenvolvido para as entregas é 100% nacional, conta com 1,4 metro de diâmetro, seis motores, dois aparelhos de GPS, funciona com tecnologia 4G e tem até paraquedas para situações de emergência. “Se um motor parar, ele consegue voltar para o ponto de origem. Se dois falharem, ele aciona o paraquedas. Há uma preocupação com a segurança”, afirma Samuel Salomão, desenvolvedor do DLV-1, nome de batismo do equipamento criado pela Speedbird.
Segundo o desenvolvedor, a aeronave que será utilizada em Campinas é capaz de levar até dois quilos por viagem, e a caixa de transporte possui monitoramento da temperatura. “No e-commerce, em geral, cerca de 80% dos produtos estão abaixo de dois quilos, incluindo alimentos. O drone foi direcionado para esse trabalho”, explica Salomão. Em “condições ideias”, o drone tem autonomia de voo de 30 minutos, em velocidade que varia de 36 a 38 quilômetros por hora, em um raio máximo de cinco quilômetros.
O software para navegação e operação do drone também foi desenvolvido pela Speedbird e, segundo Salomão, realiza todo o voo de forma automatizada. Por uma questão de legislação, no entanto, é acompanhado por um operador, que pode intervir caso necessário. “Todo voo será automatizado, é pré-definido antes da decolagem. O acompanhamento existe porque não há, no mundo, autorização para voo autônomo”, conclui.
Com informações do G1
Regulamentação dos drones
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Imagens de capa: LEX Studio