Além de saber como realizar um levantamento aerofotogramétrico com drones, o profissional do setor geo deve também como processar imagens coletadas por drones e estar ciente das possibilidades de produtos cartográficos que podem ser produzidos e de como gerá-los. Por Luís Antônio Soares*
A partir de levantamento aerofotogramétricos é possível obter uma sequência de informações e dados acerca de uma região. Em grande maioria, os sensores embarcados nos drones consistem de sensores óticos que coletam informações traduzidas em imagens (fotos). A aerofotogrametria é, hoje, a tecnologia mais usada em coleta e mapeamento de grandes áreas, pelo fato de apresentar produtos precisos a custos relativamente baixos. Este já é um dos métodos consolidados dentro da Fotogrametria e, consequentemente, dentro dos processos de medição.
Com o advento dos RPAs, popularmente conhecidos como drones, houve um ganho quanto à facilidade, agilidade e custo dos levantamentos, quando comparados a levantamentos tradicionais, propiciando o mapeamento de áreas menores e ampliando o leque de aplicações. Devido a isso, observou-se um estouro e enorme sucesso dessa ferramenta no setor das geotecnologias, sendo essencial que o profissional se qualifique e fique atento as novidades, conceitos, técnicas, softwares e aplicações dos drones nas diversas áreas.
Uma vez que a parte de aquisição dos dados foi feita, agora com maior precisão e eficiência por causa dos drones, vem a parte do processamento. O que leva a outra questão: essa nova e mais moderna forma de fazer os levantamentos requer uma nova forma de fazer o processamento dos dados obtidos? Como processar imagens obtidas com essa nova forma de levantamento aerofotogramétrico?
Como processar imagens coletadas por drones?
Antes de passar para a parte de processamento, é essencial que o profissional escolha o sensor ideal para suas necessidades e saiba realizar um levantamento aerofotogramétrico (Leia: 5 passos para realizar um levantamento aerofotogramétrico com drones).
Com os dados em mãos, pode-se então iniciar as etapas de processamento dos dados. Isso inclui a identificação dos pontos de apoio na imagem (georreferenciamento), inserção dos parâmetros iniciais e determinação dos produtos cartográficos que serão gerados.
Para saber como processar imagens nesse caso, é importante entender que, devido à pluralidade de finalidades de um levantamento com drones, existem, então, uma gama de produtos que podem ser gerados, como ortorretificação e mosaicagem de imagens, geração de Modelos Digitais de Superfície, álgebra de imagens e geração de índices (NDVI), filtragem e geração de Modelos Digitais de Terreno, segmentação e classificação automática de imagens, entre outras.
Hoje, vários softwares estão disponíveis no mercado para realizar o processamento de imagens de drones. Ter segurança sobre o que está sendo feito é essencial para se obter um bom resultado. Logo, é tão importante saber como processar imagens quanto conhecer as vantagens de cada software e saber qual traduz melhor as necessidades do seu projeto.
Diante da diversidade de softwares disponíveis e produtos que podem ser gerados, o processamento de imagens obtidas com drones gera ainda muitas dúvidas. Pensando nisso, o Instituto GEOeduc apresenta um Webtreinamento em Processamento de Imagens com Drones, no dia 27/09, às 14h30.
Luís Antônio Soares* – Engenheiro Cartógrafo e Agrimensor. Mestrando no programa de Ciências Geodésicas da Universidade Federal do Paraná, graduado em Engenharia Cartográfica e de Agrimensura na Universidade Federal de Uberlândia e ex-bolsista nos programas Jovens Talentos para Ciências CAPES/CNPq, PIVIC e PIBIC/CNPq. Além disso, atuou como membro na EJEAC Consultoria, no qual desempenhou a função de Diretor Administrativo-Financeiro e Diretor Presidente. Participou do programa de mobilidade acadêmica Internacional BRAFITEC no período de 2015-2016 no Institut National des Sciences Apliquées em Strasbourg, França.
Fonte: Instituto GEOeduc
Fórum de Empresários
No dia 7 de novembro será realizada a sexta edição do Fórum Empresarial de Drones, dentro da programação do DroneShow Plus 2018, em em São Paulo (SP).
Este Fórum apresenta uma continuidade da sequência de encontros da comunidade empresarial, promovidos pela MundoGEO, que acontece desde 2016.
Neste ambiente serão discutidos também novos modelos de negócios, conhecidas as novas demandas do mercado e promovidas cooperações entre as empresas dos setores de drones e geotecnologia.
O moderador do 6º Fórum Empresarial de Drones será Emerson Granemann, Fundador da MundoGEO, idealizador das feiras DroneShow e MundoGEO#Connect.