Agregando todos os tipos de tecnologias que estão ao alcance, poderá ser útil para a segurança dessas estruturas, prevenindo novos rompimentos de barragens
As tragédias ocorridas nas cidades mineiras de Mariana e Brumadinho, ambas decorrentes de rompimento de barragens, evidenciam que o trabalho de fiscalização precisa ser reforçado junto às mineradoras do país.
No país, são 24.092 estruturas cadastradas no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, último consolidado pela Agência Nacional de Águas (ANA), sendo que 18.324 (76%) não possuem informações suficientes para serem incluídas na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). As que estão nesta política são as que deveriam ser fiscalizadas.
Isto passa a ser uma oportunidade para startups que trabalham com tecnologia de drones e monitoramento por imagens atuarem na prevenção de desastres como o de 2015 e o da semana passada. Pois o principal fator desta limitação é o quantitativo de fiscais que trabalham com o tema, uma deficiência que pode ser minimizada com o uso de tecnologias.
Com a convocação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para startups e empresas de tecnologias para desenvolver e aplicar soluções em ajuda a Brumadinho, muitas das 1.500 que atenderam ao chamado atuam com tecnologia de drones.
“As nossas reuniões com o ecossistema de inovação aqui em Brumadinho, com o presidente e diretoria da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), governo do Estado, com o subsecretário de Inovação de Minas Gerais, levaram em consideração o uso de drones para reforçar a fiscalização e o mapeamento das estruturas das barragens”, comenta o Presidente da ABDI, Guto Ferreira.
“Com os drones seria possível fazer todo o mapa da barragem, e identificar onde há fissura ou algum outro problema”, afirma Gabriel Postiglioni, Sócio da Nong Precision Agriculture, uma startup que faz projetos ambientais, de agricultura de alta precisão e em edificações. “Sensores infravermelhos e termais também auxiliam na geração de mapas e dados, podendo realizar um novo georreferenciamento do local, pois o deslocamento da lama e dos rejeitos alterou o relevo”, explica o Consultor Aeronáutico e Piloto Remoto, Saulo Santana, que é Fundador e Sócio da startup Verde Drone, de Belo Horizonte. Com estes mapas também é possível fazer o planejamento estratégico para recuperação de áreas degradadas. “Assim agregando todos os tipos de tecnologias que estão ao alcance, poderá ser útil para a segurança dessas estruturas, prevenindo novos rompimentos de barragens”, finaliza o Presidente da ABDI.
Drones e Geotecnologia na Indústria 4.0
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Os conteúdos dos cursos, palestras e debates estão sendo formatados por um time de curadores para atender as demandas de empresas, profissionais e usuários principalmente nos setores de Agricultura, Cidades Inteligentes, Governança Digital, Infraestrutura, Meio Ambiente, Recursos Naturais, Segurança e Defesa.
Dentre as tecnologias disruptivas que estarão em destaque, estão Big Data, Inteligência Artificial / Machine Learning, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, BIM, Tecnologia Autônoma, entre outras, tudo isso cada vez mais integrado às Geotecnologias (Mapeamento, Cadastro, Imagens de Satélites, Inteligência Geográfica, GIS).
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Imagens: Divulgação