Mesmo com a popularidade dos drones, as dúvidas sobre seu uso ainda são frequentes
Que os drones chegaram para ficar ninguém tem dúvidas. Com tecnologias de última geração e inteligência artificial os VANTS (Veículos Aéreos Não Tripulados) ou RPAS (siga em inglês para Remotely Pilotec Aircraft Systems) ganham cada vez mais espaço no mercado nacional e internacional.
De acordo com um levantamento da FAA dos Estados Unidos (The Federal Aviation Administration), até 2020, teremos cerca de 7 milhões de drones no ar. No Brasil estima-se que sejam mais de 100 mil drones em operação atualmente. Sendo que pelo menos 12 mil pessoas usem estes drones para prestação de serviços.
Mesmo com a popularidade dos drones e uso cada vez mais frequente, as dúvidas sobre o que é permitido ou não e quais cuidados devem ser tomados na hora de pilotar o equipamento ainda são frequentes. Por isso, o diretor geral da DroneShow Plus, Emerson Granemann*, enfatiza que drones não são brinquedos inofensivos e podem provocar acidentes se mal utilizados. Ele separou alguns dos principais mitos e verdades sobre o uso de drones no Brasil.
Confira a seguir alguns dos mitos e verdades mais comuns sobre o uso de drones:
1 – Somente maiores de 18 anos podem operar um drone para uso profissional
VERDADE. Menores de 18 anos só podem operar drones para voos recreativos em áreas destinadas ao aeromodelismo e devem sempre ser acompanhados por um operador com habilidade.
2 – Com exceção de aeroportos e penitenciárias, os drones podem sobrevoar qualquer local.
MITO. Por questões de segurança, existem outras áreas onde o voo do drone não é possível, seja por oferecerem algum perigo ou por terem acesso restrito. Alguns exemplos são: refinarias, plataformas de exploração de petróleo, depósitos de combustível, áreas militares e áreas com infraestrutura crítica como redes elétricas, usinas hidroelétricas, termoelétricas e nucleares. Nestes casos só com autorização especial junto ao DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo é possível voar.
3 – Todos os voos feitos ao ar livre, independente de uso recreacional ou profissional precisam ser comunicados antecipadamente ao DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).
MITO. Voos recreativos em áreas adequadas para o aeromodelismo não precisam ser comunicados antecipadamente ao DECEA. Nos demais casos é obrigatória a solicitação de uma autorização ao DECEA com a devida antecedência.
4 – Já é permitido o uso de drones para o transporte de medicamentos e sangue.
VERDADE. As Repúblicas de Ruanda e Tanzânia, em parceria com uma startup da California, já realizam a entregas regulares de bolsas de sangue em áreas de difícil acesso. O projeto foi apelidado pela imprensa de UBER de sangue. No Brasil já existem empresas realizando testes no projeto de delivery de remédios feito por drones, como a SMX Systems. A empresa realizou com sucesso, em agosto deste ano, as primeira entrega usando drone no Brasil na cidade paulista de Rifaina após a regulamentação do setor que aconteceu em maio de 2017.
5 – O drone por ser hackeado
VERDADE. Embora não seja algo recorrente, existem soluções anti-drone capazes de interferir no enlace entre o drone e o controle, assumindo o comando do equipamento. Por isso, o tema cybersecurity já entrou na agenda de discussões no setor de drones.
6 – É proibido usar drones para filmar casamentos e eventos ao ar livre
MITO. O voo não é proibido desde que sejam respeitados os parâmetros legais e requisitos de segurança. O drone, assim como seu operador, precisam estar registrados na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). E todos os convidados para os eventos autorizem antecipadamente e formalmente estas filmagens. Isto é, seja anuentes.
7 – A Polícia Militar não pode apreender os drones ou o piloto.
MITO. O poder de polícia é assegurado aos órgãos de segurança pública, e o descumprimento das exigências legais de segurança podem significar crime previsto no código penal. Além de penalidades impostas pela ANAC e pelo DECEA.
Emerson Granemann* – Diretor geral da DroneShow, maior feira de drones da América Latina. Fundador, CEO da MundoGEO e idealizador da feira. Engenheiro Cartógrafo pela UFPR, trabalhou 15 anos no setor de Aerofotogrametria e Geoprocessamento. Atualmente atua área de comunicação, na disseminação das Geotecnologias e Drones. É moderador do Fórum Empresarial de Drones. Além da DroneShow, Granemann é responsável pela DroneShow Plus, evento que acontece entre os dias 6 e 8 de novembro, em São Paulo, e reúne o 6º Fórum Empresarial de Drones,além de 5 cursos básicos, 5 avançados e uma Mostra de Tecnologia com a presença de empresas com soluções de drones e tecnologia embarcada.
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