Empresa produziu primeiro VANT para o Corpo de Fuzileiros Navais
Em 2006, da necessidade de imagens aéreas de uma determinada área do complexo naval na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, surgiu uma parceria com o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), da Marinha do Brasil, com a Santos Lab, empresa brasileira especializada na produção de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants). Depois de 10 anos, novas aeronaves foram produzidas, com inovações tecnológicas, atraindo também clientes em outras áreas como do setor do agronegócio.
A primeira demanda resultou na produção do Carcará I, um Vant especialmente desenvolvido para o CFN. O produto foi completamente incorporado à instituição e tem contribuído para o desenvolvimento de novas tecnologias e drones. “Ao longo dos anos seguintes, outros requisitos foram sistematicamente apresentados, buscando, paulatinamente, aumentar o emprego daquela primeira aeronave à doutrina existente do CFN”, explica Gabriel Klabin, presidente da Santos Lab.
Em 2008, a Santos Lab partiu para um projeto de um novo drone, com maior capacidade de payload e autonomia para atender o crescente aumento dos requisitos da Marinha do Brasil. A equipe da empresa criou o Carcará II, que passou a fazer parte do plantel do CFN em 2009, com a aquisição de um sistema com três aeronaves. Com o Vant, a estrutura do Batalhão de Controle Aerotático e de Defesa Antiaérea passou por mudanças. “Desta forma, foi criado o Pelotão Vant (PelVANT), que até hoje é o responsável por apoiar as Organizações Militares do CFN em suas manobras com os Vants Carcará II”, afirma Klabin.
Os drones produzidos pela Santos Lab têm ampla aplicação na Marinha do Brasil. Eles são utilizados, em tempos de paz, principalmente na segurança das instalações da instituição, em operações de manutenção da lei e da ordem e no auxílio a populações carentes.
“Dentre os VANTs produzidos pela Santos Lab, destaca-se o Carcará II Estanque. As operações realizadas pelo CFN, por serem de grande complexidade, necessitam do emprego de sistemas com alto valor tecnológico agregado e que não possuam limitações de emprego. O fato de executarem suas ações partindo normalmente do mar, embarcados em navios da Marinha do Brasil, respalda o desenvolvimento de aeronaves que, caso venham a entrar em contato com água, quer seja doce ou salgada, não comprometa o desenrolar destas ações”, detalha Klabin.