Ligado a satélite, o drone gera imagens instantâneas e dá a posição exata do acúmulo de lixo e de lançamentos clandestinos de esgoto.
N o Sul do Brasil, um dos nossos rios mais poluídos passou a ser examinado mais de perto por um grupo de pesquisadores. Às vezes, nem tão perto assim.
O aparelho sobe até 150 metros de altura. A câmera acoplada registra o Rio dos Sinos espremido entre o concreto da cidade e o pouco que resta da vegetação. Ligado a satélite, o drone gera imagens instantâneas e dá a posição exata do acúmulo de lixo e de lançamentos clandestinos de esgoto.
O drone sobrevoa lugares que os pesquisadores enfrentam muitas dificuldades para chegar. Com o equipamento, eles ganham mais agilidade e economizam tempo. O drone faz em três dias todo o trabalho de coleta de dados e imagens que os pesquisadores levariam até cinco meses para concluir.
O Sinos abastece mais de um milhão de pessoas. Mas só 5% do esgoto que entra lá são tratados. Resultado: o rio é o quarto mais poluído do Brasil, segundo o IBGE.
Há nove anos, mais de um milhão de peixes morreram lá pela falta de oxigênio na água. O drone é mais um aliado para tentar salvar o rio.
Os registros serão encaminhados para as prefeituras da região. Muitas começam a investir em planos de recuperação, como este, onde a natureza dá uma mãozinha ao rio.
Este é o processo tradicional de tratamento de esgoto, um motor, movido a energia elétrica, ligado o dia todo. E ao lado uma experiência que foi trazida da Espanha. A plantinha taboa é que faz o trabalho do motor a energia elétrica, oxigenando a água.
Pelo método tradicional, são gastos R$ 1,6 milhão por mês para tratar 600 litros de esgoto por segundo. Com a plantinha, a conta cai para R$ 400 mil.