A Secretaria de Defesa Civil, por meio do Corpo de Bombeiros, planeja ampliar o uso de drones no estado. O equipamento que transmite imagens em tempo real poderá ser utilizado em diversas ações, como busca de pessoas em matas fechadas, deslizamentos de terra e incêndios florestais. Dois drones já funcionam em caráter experimental: um no resgate de pessoas em risco de afogamento e outro na busca por focos do mosquito Aedes aegypti.
– O objetivo é adquirir aproximadamente 15 drones para garantir mais agilidade aos procedimentos de atendimentos emergenciais. Os drones poderão ser usados para salvamentos na água e em outras atividades do Corpo de Bombeiros. Junto com a aquisição destes equipamentos, pretendemos realizar treinamentos para que os nossos bombeiros aprendam a utilizá-los – afirmou o responsável pela Coordenadoria de Operações com Veículo Aéreo Não Tripulado (Covant), tenente-coronel Rodrigo Bastos.
Tecnologia como grande aliada
Uma força-tarefa formada por 800 bombeiros tem realizado desde o fim de fevereiro vistorias em imóveis urbanos com a tecnologia do drone. Com o equipamento, é possível captar imagens em 4 K (altíssima resolução) que são enviadas em tempo real para um tablet. A tecnologia usada em parceria com a Secretaria de Saúde reduziu o efetivo disponibilizado e trouxe celeridade às ações. O monitoramento dos focos da dengue, zika vírus e chikungunya, que era feito em cinco dias, tem sido concluído em menos de uma hora.
– Nossa parceria com a Secretaria de Saúde será mantida pelo tempo que for necessário para acabarmos com essa epidemia – disse o tenente-coronel.
Uso em afogamentos e prevenção
Uso em afogamentos e prevenção
Pela primeira vez no verão carioca, o drone tem contribuído para facilitar salvamentos de vítimas de afogamento, além de auxiliar os bombeiros em ações de prevenção. O equipamento, que fica na praia de Copacabana, será usado até o próximo dia 30.
– O drone é usado como medida preventiva. É com ele que monitoramos as áreas de perigo e avisamos aos guarda-vidas para que preparem os locais com placas sobre correntezas – contou o coordenador da Covant.
O uso do drone adaptado a materiais de salvamento, como boias e cordas, tem sido estudado por bombeiros militares no centro de pesquisa da Coordenadoria de Operações com Veículo Aéreo Não Tripulado. O núcleo tem testado o uso de boias de salvamento tipo Rescue Tube, com formato flexível, e de cordas. A ideia é avaliar as diversas possibilidades de adaptação do drone para melhorar o tempo-resposta da atuação dos bombeiros, tanto nas praias como em diversas outras ações.
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