A Operação Lagos registrou 545 movimentações aéreas e oito drones irregulares
São Paulo, mais uma vez, foi palco do espetáculo do automobilismo mundial reunindo fãs do Brasil e do mundo.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), entrou em ação e implantou a Operação Lagos para coordenar e gerenciar o tráfego aéreo ao redor do autódromo de Interlagos durante o GP de São Paulo de Fórmula 1.
Durante o evento, foram registrados 545 movimentos aéreos, sendo 427 de asas rotativas e 118 de aeronaves não tripuladas.
A grandiosidade do evento exigiu logística, tecnologia, planejamento e o trabalho conjunto de mais de 95 militares especialistas em controle de tráfego aéreo, meteorologia e telecomunicações.
O CRCEA-SE, responsável pela operação, montou uma torre de controle temporária, a Torre Lagos, e uma sala de apoio no autódromo.
“Sem a presença da torre de controle prestando os serviços de tráfego aéreo haveria, possivelmente, uma confluência de tráfego de maneira desordenada. Dessa forma, instalar, implementar e manter a torre de controle em operação ao longo dos três dias de evento é o que garante a segurança e a regularidade das operações”,
declarou o Coronel Aviador Fábio Lourenço Carneiro Barbosa, Comandante do CRCEA-SE.
Além da Torre Lagos, foi criada também uma célula de drones, em parceria com os órgãos de segurança pública de São Paulo, para monitorar aeronaves não tripuladas não autorizadas durante o gerenciamento do espaço aéreo no GP de Fórmula 1.
Foram detectados oito drones irregulares e a ação integrada entre o CRCEA-SE e a segurança pública garantiu a fluidez do espaço aéreo sobre Interlagos sem impacto à segurança das operações.
Neste ano, o BR-UTM – projeto colaborativo para a implementação do gerenciamento do tráfego aéreo de aeronaves não-tripuladas no espaço aéreo brasileiro – esteve presente e ampliou a capacidade de monitoramento da região em torno do autódromo por conta da proximidade do aeroporto de Congonhas.
A Operação Lagos foi fundamental para o sucesso do GP de Interlagos, pois viabilizou a mobilidade e assegurou o fluxo aéreo seguro de helicópteros e drones na região.
“O sucesso reflete o comprometimento das nossas equipes e a excelência do trabalho conjunto com as instituições parceiras”,
afirmou o comandante do CRCEA-SE.
A iniciativa reitera o já tradicional compromisso do Brasil com a segurança e a excelência das movimentações aéreas em grandes eventos de porte internacional.
Sobre a Torre Fixa e a Torre Temporária
A Torre Lagos opera sob uma dinâmica fundamentalmente distinta daquela observada em uma torre de controle fixa, mesmo que ambas prestem o mesmo tipo de serviço. A principal diferença reside no perfil do movimento aéreo que cada uma gerencia.
Enquanto uma torre fixa atende a um aeroporto com um fluxo de tráfego aéreo intenso e constante em sua rotina diária, a operação em um evento específico, como o que exige a Torre Lagos, é marcada por uma concentração atípica de demanda.
O pico de tráfego aéreo ocorre de maneira muito intensa e concentrada especificamente nos dias do evento, o que justifica a necessidade de montar uma estrutura de controle temporária.
Com informações e imagens do DECEA
