Por Ricardo Becker*
Desastres ambientais, desastres naturais e tragédias. Embora de compleições totalmente diferentes e passíveis de se manifestarem em diversas formas, todos têm algo em comum: a razão pela qual acontecem é oriunda da falta de um controle apropriado.
Tais eventos podem, ou não, ter interação humana, como um vulcão voltando à atividade pela própria força da natureza perto de uma cidade ou uma barragem rompendo e soterrando um centenas de pessoas, como ocorrido em Brumadinho, em janeiro deste ano. A grande diferença entre ambos reside na responsabilidade pelo risco assumido e na quantidade de controles necessários para se reduzir riscos, com a máxima, invariavelmente, da preservação de vidas.
Se estivermos falando de um vulcão, por exemplo, notamos inúmeras ramificações de estratégias capazes de diminuir muito, tendendo a zero, mas nunca zero, as chances de catástrofes com vidas perdidas: controles baseados em sensores sismológicos, mapeamento do ecossistema, treinamento de brigadas, levantamentos geodésicos e um plano de evacuação com treinamento realizado regularmente.
E para uma barragem? Os controles não deveriam endereçar toda e qualquer ameaça às pessoas que trabalham ou moram no perímetro de risco? Sobre Brumadinho, deveria haver extrema responsabilidade por parte de todos os gestores quanto aos riscos assumidos.
Os planos de contingência, obviamente, deveriam ser suficientes para que toda a logística relacionada à possibilidade de adversidades fosse mais no sentido protocolar do que realmente baseada nas chances de um acontecimento de grandes proporções.
Neste caso, porém, faltou tudo. E em todos os âmbitos: faltou bom senso para não colocar toda a área administrativa abaixo da barragem, faltaram controles que sinalizassem em tempo a movimentação de solo, faltou oferecer treinamento aos colaboradores, faltou envolver previamente os agentes públicos e, se foram envolvidos, faltou cobrá-los.
Brumadinho foi, certamente, mais uma tragédia causada por irresponsabilidade, inconsequência e incompetência da empresa, do município, do Estado e da União. São todos responsáveis.
*Ricardo Becker é empresário da área de tecnologia, nascido na cidade de Cuiabá, formado pela Universidade Federal de Mato Grosso em Ciências da Computação, especialista em Continuidade de Negócios e Recuperação de Desastres e CEO do Grupo Becker. Na Carreira, desenvolveu centenas de projetos dentro e fora Brasil, acumula 25 anos de experiência, dezenas de certificações oficiais, entre elas o CBCP pelo Disaster Recovery Institute International (DRI) e prêmios como Canais Referência, Top of Mind, MPE Brasil e The Winner.
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