Por Anderson Soares, Territory Manager da Stratasys no Brasil
O ano de 2020, segundo projeções realizadas por empresas de consultoria e análises de tendências, tem sido apontado, nos últimos anos, como o período de consolidação de algumas tecnologias fundamentais para as estratégias de negócios das empresas. Entre elas, a impressão 3D, pelos benefícios e oportunidades de gerar negócios, reduzir custos, oferecer alternativas seguras de desenvolvimento de protótipos e de produção de peças customizadas para indústrias que requerem componentes especiais, como a aeroespacial, automobilística e a médica.
As projeções das grandes consultorias globais têm indicado uma taxa contínua de crescimento nas vendas de impressoras 3D para empresas, em proporções de até 20% ao ano, independente do seu porte, com impactos positivos em todos os modelos de negócios. Os resultados de 2019 mostram que a curva de vendas de equipamentos e utilização da impressão 3D seguiu em ascensão, favorecida por fatores como a diversidade de materiais que podem ser impressos, a melhora na velocidade de impressão e o surgimento de equipamentos e soluções capazes de atender às diferentes demandas das empresas, seja em termos de engenharia e design, quanto em serviços.
Nesse contexto, a possibilidade de imprimir peças on demand – alternativa que garante flexibilidade às empresas para atender necessidades pontuais como a fabricação de um protótipo – tem contribuído para dar impulso à manufatura aditiva, e se confirmou, em 2019, como uma opção para muitas companhias.
Tomando como referência, a Stratasys, uma das líderes globais em manufatura aditiva, através de sua unidade de negócios focada na prestação de serviço de manufatura aditiva de peças sob demanda, a Stratasys Direct Manufacturing, atingiu a marca de mais de 20 milhões de peças produzidas desde que foi iniciada, há cinco anos, com a aplicação de 1,7 milhão de horas de tempo de engenharia em projetos.
Trata-se de um número expressivo e para o qual tem contribuído o conhecimento profundo de cada tecnologia, por parte dos engenheiros de processo e manufatura que trabalham junto com os clientes para encontrar usos inventivos dos métodos de processos, em projetos desafiadores e com componentes de alta exigência. Estes profissionais, frequentemente, inventam novas maneiras de fabricar com impressão 3D, fabricação convencional ou uma combinação de métodos para produzir geometrias impossíveis e que permitem atender a aplicações especializadas.
Os setores que mais têm utilizado a impressão 3D, por meio de equipamentos adquiridos diretamente ou de soluções on demand, são a indústria automobilística – incluindo as escuderias de carros de corrida, os quais necessitam de peças leves e de alta performance -, a indústria aeroespacial e o setor de saúde.
Impressoras 3D têm se mostrado ideais para a construção de modelos conceituais avançados, protótipos funcionais, ferramentas duráveis e peças de produção, além de atender necessidades específicas para o desenvolvimento de componentes que não são fabricados por fornecedores de segmentos diversos.
Entre as principais aplicações da impressão 3D estão a prototipagem rápida e a obtenção de peças customizadas ou mesmo inteiramente personalizadas. Essa tecnologia permite que elas sejam fabricadas rapidamente e em volumes baixos, algo praticamente inviável quando se pensa nos processos tradicionais. Além disso, é possível imprimir em 3D itens de grande liberdade de design e geometria, que não poderiam ser obtidos de outra forma. A impressão 3D se torna uma importante aliada para os casos em que processos tradicionais não podem ser totalmente substituídos
Para as grandes empresas, a impressão 3D não é mais novidade. A fabricante brasileira de calçados Alpargatas, por exemplo, utiliza impressoras 3D para obter protótipos de solas de sandálias. Pequenas e médias empresas brasileiras também já estão aderindo à manufatura aditiva como um caminho necessário para substituir os métodos de produção convencionais, que se tornam mais e mais obsoletos a cada dia que passa.
Um exemplo é a Usintek, de Santo André (SP), especializada no desenvolvimento de projetos para automação industrial e usinagem de ferramentas e protótipos de pequeno e médio portes, que utiliza impressoras 3D para produzir protótipos para clientes dos setores automotivo e de eletroeletrônicos. A Autometal, de Diadema, também em São Paulo, usa a mesma tecnologia para produzir protótipos, dispositivos de controle e calibradores utilizados na manufatura de peças automotivas, e o FIT – Instituto de Tecnologia, organização sem fins econômicos de abrangência nacional, adotou a impressão 3D para desenvolver projetos tecnológicos para empresas de tamanhos variados.
A manufatura aditiva amplia sua presença em empresas de diversos portes e setores. Trata-se de uma condição essencial de competitividade, principalmente no contexto da evolução da indústria 4.0 e da construção de uma cultura de negócios voltada à inovação.
Confira um resumo de como foi a última edição do MundoGEO Connect e DroneShow, que contou com 3.800 participantes, 120 marcas, 200 palestrantes e 40 atividades:
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