Voo foi considerado um marco para os EUA na direção da regulamentação das operações de drones no espaço aéreo compartilhado com aeronaves tripuladas
A NASA realizará uma teleconferência com transmissão ao vivo para todo o mundo nessa quinta-feira (28/6) às 17h (hora de Brasília) sobre o primeiro voo do drone Ikhana, da Agência Espacial Norte-Americana, que realizou com sucesso no dia 12 de junho passado a partir do Centro de Pesquisa de Voo Armstrong, em Edwards, na Califórnia, sua primeira missão sem o acompanhamento de uma aeronave de escolta no sistema aéreo norte-americano.
Para assistir ao vivo, o link de acesso é www.nasa.gov/nasalive e as perguntas devem ser enviadas pelas redes sociais usando a hashtag #askNASA.
Os apresentadores serão:
• Sam Kim, technical lead, UAS-NAS Project, Integrated Test and Evaluation (NASA)
• Randy Willis, manager, Emerging Technologies Team (FAA)
• Fabrice Kunzi, detect and avoid lead (General Atomics – Aeronautical Systems, Inc.)
Este voo histórico aproxima os Estados Unidos da normalização das operações de aeronaves não tripuladas no espaço aéreo usado também por pilotos comerciais e privados. Operar grandes aeronaves remotamente pilotadas como o Ikhana, pelos Estados Unidos, abre as portas para todos os tipos de serviços de drones, desde o monitoramento e combate a incêndios florestais, até o fornecimento de novas operações de busca e resgate de emergência.
Voos de grandes drones como Ikhana tradicionalmente exigiam que uma aeronave de escolta seguisse a aeronave não tripulada enquanto viajava pelo mesmo espaço aéreo usado por aviões e helicópteros comerciais. A Nasa trabalhou com sucesso com seus parceiros do setor para desenvolver um padrão para as tecnologias Detectar e Evitar, cumpriu os requisitos das Ordens Padrão Técnicas da Federal Aviation Administration (FAA) e obteve a aprovação de voo.
A aeronave Ikhana estava equipada com tecnologias de detectar e evitar, incluindo um radar aerotransportado desenvolvido pela General Atomics Aeronautical Systems, um Sistema de Alerta de Tráfego e Prevenção de Colisão da Honeywell, além de tecnologias em que a aeronave determina sua posição via navegação por satélite e transmite periodicamente essa informação para que outras aeronaves possam rastreá-la.
O drone decolou da Base Aérea de Edwards e entrou no espaço aéreo controlado quase imediatamente. O Ikhana voou para o espaço aéreo Classe A, onde aviões comerciais voam, a oeste de Edwards, a uma altitude de cerca de 20.000 pés. A aeronave então virou para o norte em direção a Fresno, exigindo que o controle de tráfego aéreo fosse transferido do Centro de Controle de Tráfego de Los Angeles para o de Oakland. Na viagem de volta, o piloto seguiu para o sul em direção a Victorville, na Califórnia, exigindo que o controle da comunicação fosse transferido de volta para Los Angeles.
Durante o voo de volta, o piloto iniciou um suave decente sobre a cidade de Tehachapi, na Califórnia, no espaço aéreo Classe E – cerca de 10.000 pés – onde os pilotos da aviação geral voam. O piloto iniciou uma aproximação ao aeroporto de Victorville a 6.000 pés, coordenando em tempo real com os controladores de tráfego aéreo no aeroporto. Depois de executar com sucesso todos esses marcos, a aeronave saiu do espaço aéreo público e retornou à sua base em Armstrong.
Informações e Imagem: NASA
Regulamentação dos Drones
A Regulamentação dos Drones permeou várias atividades do DroneShow 2018, que aconteceu de 15 a 17 de maio em São Paulo (SP), desde seminários e cursos até soluções na feira. Confira este vídeo com um resumo do evento: