“Não se engane: os entusiastas de aparelhos não tripulados são aviadores, e isso traz consigo uma grande responsabilidade”, disse o secretário de Transportes, Anthony Foxx, ao revelar em meados de dezembro o sistema de cadastro. Esse tipo de aparelho existe quase desde o início da aviação no século 19, mas seu uso, graças ao progresso tecnológico que reduziu os preços, disparou na última década.

O alcance da nova iniciativa é limitado. O Governo não tem capacidade de vigiar os céus por completo. O regulamento não impede que alguém que queira operar um drone com más intenções decida simplesmente não registrá-lo. E também esbarra em aspectos práticos: em uma colisão com um avião comercial, um drone ficaria completamente destruído, incluindo seu número de identificação, o que impediria as autoridades de determinar quem era o proprietário.
A normativa da FAA, autoridade encarregada da segurança aérea em todo o território dos Estados Unidos, sobre o registro dos drones contrasta com a quase inexistência de regulamentação sobre o controle de armas: dos 50 Estados só nove têm leis que obrigam a registrar armas de fogo, com exigências muito diversas, segundo uma apuração do Centro Legal para Prevenir a Violência com Armas.
Alegando confidencialidade sobre “assuntos de segurança”, a porta-voz da FAA, Alison Duquette, evitou comentar se existe preocupação diante da possibilidade, e como evitá-la, de um drone recreativo ser utilizado para atacar a população com explosivos ou armas de fogo.
Em uma loja de telefonia no centro de Washington é vendido um dos modelos mais populares do mercado. Custa 249 dólares, tem quatro hélices, pode alcançar 50 metros de altura, é pilotado com um celular e permite ver em tempo real no telefone as imagens que o artefato grava. Um dos vendedores, que se recusa a dar seu nome devido à política da empresa, explica que existe uma ampla disparidade de conhecimento entre os clientes. “Alguns têm muita informação sobre as regras de uso, mas outros simplesmente procuram um brinquedo para seus filhos”, diz. A FAA determina que se o proprietário for menor de 13 anos uma pessoa maior deve registrar o drone.
A proliferação dos drones, cujo preço nos Estados Unidos oscila entre 20 dólares e 30.000 dólares (80 reais e 120.000 reais), expande possibilidades e perigos. Os aparelhos se tornaram especialmente populares para a captura de imagens. Há grupos na capital norte-americana que se reúnem em parques nos fins de semana para cruzar os céus. Mas, ao mesmo tempo, não são incomuns histórias de artefatos perto de aeroportos, estádios ou até prisões com fins de contrabando.
Fonte: El País
Em 2016, toda a comunidade de usuários, empresários e especialistas está de olho nos DroneShow que será realizado no Centro de Convenções Frei Caneca (SP). A versão nacional do DroneShow é realizada anualmente na cidade de São Paulo, durante o mês de maio. Em 2016 serão três dias e mais de 20 atividades, além de uma grande feira com mais de 70 marcas.
Para maiores informações sobre o DroneShow clique aqui